“Eu
vi que ela leu meu recado, mas demorou em responder”.
“Vi
quando avistou meu recado, estava online”.
“A
pessoa entra vê, mas demora a responder”.
Esses
são exemplos dentre outras formas de expressão de pessoas que não conseguem
lidar com sua ansiedade, frustrações, nessa era tão rápida de evolução
cibernética.
A
amplitude desse conceito cibernético, consiste em “Uma linguagem técnica que permita abordar o problema do controlo e a
comunicação em geral e que favoreceu o surgimento de além de outras ciências, a
Informática”. “Deu
um grande impulso à teoria da informação, essa entendida como ciência que
estuda o conjunto de informações e conhecimentos por meios digitais”
USUFRUIR,
para minha cabeça bastante subjetiva, é meu local de transito e de forma ainda
limitada, nessa ciência tão complicada na construção de sua teoria.
O
que pretendo nessa breve reflexão é chamar atenção do quanto podemos REGREDIR
EM FASES tão longínqua da vida adulta, a dos bebes, a depender de nossas
posturas frente à reação das pessoas e as necessidades que são de propriedade
nossa e não de quem me ouve, no uso das redes sociais.
“O bebê chora de forma
diferente de acordo com o que está sentindo. Chorar para o bebe, serve a
diferentes propósitos. Além de pedir ajuda quando está com fome ou
desconfortável, o choro ajuda a liberar a tensão ou a evitar sons e sensações
que são muito intensas.”
Assim se comportam muitos adultos, frente as
suas necessidades imediatas unilaterais, partindo sempre de sua concepção, com
reações bastante pueris, frente à demanda da comunicação, onde existem dois ou
quando não, milhares de lados a serem analisados, antes de sofrerem com as múltiplas
reações, que carregam em sua base a imaginação e concepção de cada um.
Os
bebes choram, alguns incansavelmente, já os adultos reclamam, agridem, cobram,
fugindo muitas vezes, de características que pode permear uma discussão mais
calorosa, porém às vezes numa dimensão totalmente desfavorável e
descaracterizado da fase idade mais adulta, seja na adolescência, jovem ou
adulto propriamente dito.
Ouvir
a si próprio é um desafio constante e considerável para nós seres humanos,
demasiadamente humanos.
Chorar
para o bebe, serve a diferentes propósitos, E reclamar, cobrar, agredir para
alguns adultos também. Propósito de chamar atenção, propósito de que o outro o
coloque numa posição de importância, posição essa vista somente pelo seu
próprio olhar, não ter capacidade de perceber que a vida não gira em torno de
sua rotina nem agenda e que relacionar é uma via de mão dupla, todos temos
necessidades.
Para
o bebe, o choro ajuda a liberar a tensão ou a evitar sons e sensações que são
muito intensas, já para o adulto, a exigência sobre a atenção imediata do outro,
ou se imaginar o dono da verdade, pode significar uma realidade mais da área patológica,
desde graus leves, tão leves, mas não despercebidos, ate severos. São adultos
“Impulsivos, que agem
antes de pensar; interrompe os outros quando eles estão a falar; toma decisões
ou age de forma intempestiva”.
“Pode
evidenciar carências “Há estados situacionais de carência, mas o problema é
quando é um sentimento constante”, afirma o psicoterapeuta Marco Antônio De
Tommaso, formado pela USP (Universidade de São Paulo)”.
“Em muitos aspectos, a
sensação é de que vivemos em um tempo no qual as mudanças acontecem em uma
velocidade vertiginosa”, tornando-nos
incapazes de pensar que não fomos criados da ciência da cibernética, o material
de que fomos criados, não tem nada de virtual, somos também fortes e
desconhecidas emoções. E algumas
reações, o individuo recorre à forma da fase dos bebes, em busca de suporte
para sobreviver a essa velocidade um tanto injusta , mas real na vida de todos.
Nessa
velocidade de forma intempestiva, o filósofo Sócrates, que não viu e se
imaginou não pode alcançar a grandiosidade dessa evolução, demonstrou preocupação
com seu legado, já sabido e vivenciado de que “as palavras, por si só, não têm a capacidade de transmitir o conteúdo
desejado pelo autor (POR QUEM ESCREVE) e não podem dialogar com seus leitores,
que as interpretam de maneiras diferentes”.
Assim
a deficiência das pessoas em se relacionarem em redes sociais, como bebes
certas de que suas necessidades reais, serão facilmente alcançadas e entendidas,
dê forma irrestrita que corresponda estritamente aquilo que desenha o seu
próprio pensamento, necessidades e desejos, com o diferencial bastante
significativo, o de ser adulto, não mais Nenéns.
É
desafiador o ouvir a si mesmo. Pensar que tudo que é meu seja mais emergencial
Não sejas sábios a teus próprios olhos. A sabedoria
é coisa principal. Adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição
de entendimento. Exalta a sabedoria, assim ela te abraçará e te honrará.(Provérbios
3:7 e 4:7,8)
É
muito gostoso quando lembramos que somos humanos, apesar da era cibernética, e
que, se existe algum peso disso é sentir tudo isso, ser capaz, além de poder
remodelar todas as vezes que sentimos.
“Ser gente é ajudar a
quem precisa, de acordo com nossas possibilidades, sem esperar retorno. Por que
ser gente é saber que, pelo que fizermos de útil ao nosso semelhante, a única
recompensa que se deve esperar é a consciência de um dever cumprido. Dever que
só Deus poderá pagar”.
Eleni Nalon – Psicóloga Clínica
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