sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A QUEM SE RESPEITA HONRA?



                                         A QUEM SE RESPEITA HONRA?

 
Os termos Honrar e respeitar, olhando sem critério, passa a impressão de que carregam o mesmo significado.

Na realidade tanto honrar como respeitar são carregados de magnânimo beneficio para humanidade da qual somos parte e responsáveis para que reine o respeito e quem sabe a honra.

Nossa atualidade é cheia de cascas de banana, cheia de cilada social, carregada de tirar proveito, enfim cheia de tudo o que é de interesse pessoal e vazia daquilo que mais necessitamos para uma boa convivência em grupo.

Nem sempre a Honra vai para quem ou para o que merece honra.

Muitos podem ou puderam assistir sem ser de camarote e sim atuando mesmo, nas e as grandes mudanças da sociedade e principalmente no que se diz ao comportamento.

É provável que Muitos de nós que levantávamos bandeira a favor ou contra um tipo de comportamento, conduta, postura ou situação fomos mudando, às vezes nos moldamos e até para se moldar exigem-se mudanças, mas mudamos  graças a Deus, em muitas coisas a respeito de diversas situações.

Porém algo que sempre me intriga e não acredito que mude tão rapidamente, é a dificuldade em entendermos essa diferença entre respeitar e honrar pessoas, situações, condutas e etc.

Para honrar eu preciso abraçar a causa, sentimento de dignidade, ocupar lugar de destaque, fazer diferença vistas a muitos olhos. A Honra exige distinção.

Para respeitar basta ser gente, gente de verdade, gente que amplia visão e disposição para se relacionar nesse mundo competitivo e bastante cruel, sem ser contaminado por essa crueldade.

Quem Já não decepcionou pessoas por respeita-las em sua condição e opinião e quando a mesma percebe, que quando opinião a respeito da questão propriamente dita diverge da sua, não suportam manter a relação.

“Li uma frase no Facebook simples e “consistente “ Respeito é um princípio que não pode ter fim”.

Se respeito é um princípio que não tem fim, não devo lhe faltar com respeito:

                     Porque pensas diferente de mim.

                    Quando suas escolhas vierem de encontro com meus princípios religiosos ou princípios pessoais.

                    Se sua dinâmica familiar é diferente da minha.

O respeito torna-se magnânimo na vida de qualquer pessoa, quando  a mesma é capaz de perceber que os sentimentos é uma via de mão dupla. Um chora pelo que vai, outro chora pelo que fica,  os dois choram!

Numa conversa Pastoral com Pr Eufrásio, OUVI algo que ESCUTO sempre em minha vida, percebendo mais uma vez, o quanto temos dificuldade em entendermos os ensinamentos de Jesus que nos trás tanto conforto e segurança para caminharmos nessa trajetória que é a vida; que quando caminha de acordo com nossas expectativas, tudo vai bem, mas basta “cair em nosso colo” (palavras de Pr Eufrásio), uma situação que exija a prática dos ensinamentos, podendo aproveitar e descansar, queremos fazer do modo inteiramente humano e nos esquecemos da Graça Redentora, disponível tanto a mim quanto para o meu próximo.

Nessa trajetória da vida, ao mesmo tempo somos eu, ao mesmo tempo somos outro. Nesse trocadilho não podemos perder de vista os ensinamentos de Jesus que vai muito além da capacidade humana alcançar por si só.

 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

PRECEITOS E PRINCÍPIOS




 

A definição que o autor do livro “O mistério da vontade de Deus”, Charles Swimdoll faz destas duas palavras que utilizo como Título nesse texto, me inspirou levando-me a parar por uns momentos com a leitura do mesmo e escrever algo que vem me incomodado há algum tempo. O fato de ver educadores levantando bandeiras de métodos educativos (?) em redes sociais na defesa de bater em criança, dar surra, palmadas, uso da vara; Alguns curtindo e compartilhando piadas com órgão Público “Vara da infância e da Juventude”, de forma como que NORMATIZANDO uma postura educativa (?) que pessoalmente acredito que como regra, esteja totalmente ultrapassada e deprimente.

 

Talvez você que esteja lendo essa matéria seja um Pai ou uma Mãe que já tenha feito ou faça uso de palmadas em seu filho, porém, o que me faz escrever é a ausência de capacidade de educadores e líderes em compreender a diferença entre defender, levantar uma Bandeira em pró de uma atitude que não tem nada de magnânimo, principalmente na atualidade quando existe uma melhor compreensão do comportamento das crianças e de como se relacionar melhor com elas. Refresco inclusive a memória daqueles que já viveram épocas que em algumas famílias a melhor comida nunca era para as crianças, isso em épocas onde a vara era o único método de compreensão da maioria dos Pais.

 

Interessante que esse autor fala da diferença de Preceitos e Princípios, quando o primeiro “são orientações Bíblicas claras dadas por Deus” e o segundo “requer discernimento e sabedoria em sua aplicação”.

Acredito-me que um Pai ou uma mãe que em determinada situação tenha usado ou faça uso do método corretivo batendo na criança, tenha a ver com mais ausência de discernimento do seu próprio comportamento diante da educação para com seu filho, do que com Preceitos Bíblicos.

 Alguns Pais e Mães, não foram poucos, já me perguntaram se eu tenho ideia do que é ter um filho homem. Independente do sexo, criança se educa impondo limites desde pequena e impor limites exige muito esforço e vontade de fazer diferença como Pai e Mãe. Argumentos fortes com palavras brandas desde muito cedo, substitui sim a vara.

Chego a acreditar que educadores que não sentem vergonha de levantar bandeira, como PRECEITOS Bíblicos a favor da surra, da vara, como método educativo, quando se expressam em redes sociais e publicamente, sem nenhum critério, talvez estejam pensando em alguma criança mal educada próximo deles que os levam a querer NORMATIZAR uma ação numa situação muito particular e incomoda e os mesmos talvez só encontrasse essa forma de mandar recado.

 

Sou TOTALMENTE favorável à educação de filhos e crianças, com muita autoridade, DIZER NÃO SEMPRE que necessário, mas nunca com ausência de amor e às vezes até misericórdia, principalmente quando se trata de adolescentes. O problema é que se confundem o dizer não com ausência de amor, basta olharmos para os Pais e mães, como se comportam diante dos nãos em seus diversos relacionamentos.

 Já ajudei muitos Pais e Mães, refazerem seu trajeto educativo em relação a seus filhos.

 Nossa sociedade está repleta de crianças chatas, insuportáveis, estúpidas, comportamentos esses dos mais leves na convivência, os mais graves, são parte da delinquência onde a justiça legal e ONGs trabalham por eles.

O que falta hoje são Pais e Mães competentes para usar com autoridade e exemplo de vida, a palavra educativa contundente, ainda enquanto pequenos e pararem de achar graça em situações que o social suporta principalmente a depender de quem for o filho (a), seja qual for o grupo social que esteja inserido, escola, família, igreja, vizinhança etc.

O Capitulo 21:18 a 21 de Deuteronômio, me faz pensar o quanto líderes e educadores querem usar a Bíblia para suas afirmativas convenientes, alguns até para aplacarem a raiva que talvez nutrissem por seus Pais por terem apanhado tanto, pois esse Capítulo não apresenta meias palavras e eu pergunto:- o que fazer com esse texto então diante das leis em vigor?

“se alguém tiver um filho contumaz (teimoso, cabeçudo) que não obedece à voz de seus Pais e ainda castigado não lhes dá ouvidos... Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra...”

É preciso refletir mais na minuciosidade implícita dentro dos Preceitos Bíblicos e os Princípios adotados por Pais e Mães e educadores a mercê de suas conveniências pessoais.

De maneira alguma estou levantando Bandeira contra os métodos familiares que Pais e Mães usam em sua dinâmica familiar. Cada um sabe o filho que tem. A minha pergunta é para líderes e educadores, que se espera, estudiosos do comportamento. Será que estão preocupados como ajudar esses Pais e Mães, e levando-os a pensar de onde vem tanta raiva e ira quando se bate em uma criança ou adolescente, mesmo afirmando fundamentados na Bíblia?

Existem condutas e posturas que podemos e até mesmo, ainda sem concordar, respeita-las quando funcionam dentro do ambiente familiar, mas levantar Bandeira, querer normatizar atitudes a favor de conveniências pessoais, passa mais pelo crivo da ausência do limite pessoal, do que para educação e mudança de vida em sociedade.

Abraços

Eleni Nalon

Psicóloga Clínica