sexta-feira, 24 de abril de 2020

PIOR INIMIGO - O INVISÍVEL


                                   
Em nossa experiência, o medo do inimigo invisível foi se tornando visível conforme ele foi se manifestando através dos sintomas, estes que foram chegando bem disfarçados num ritmo insidioso.

 Para quem é técnica no assunto, teve acionado o alerta interno e automático que já se mantinha em estado de “vigília” mesmo enquanto dormia.

O vírus que vem causando tanto medo em toda população, havia aterrissado em nosso apartamento.

Mergulhada nos pensamentos e em oração constante, vivenciávamos a cada momento a experiência e não somente o conhecimento do tão alarmante vírus.

  Enquanto dava um duro na faxina, que exigia cuidados ainda maiores pensava nas dolorosas e difíceis experiências vivenciadas e vencidas por pessoas tão próximas a mim e o cuidado de Deus para com elas, além das incontáveis dores que tenho ouvindo ao longo desses anos de minha vida Profissional. E assim sem se dar muito em conta, ia percebendo que a força que era alimentada em nós a cada momento, era sempre bem maior que o medo. NÃO poderia ter sido diferente, algumas pessoas já intercediam junto a nós, e exercitávamos a fé de que os esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.  Isaías 40:31

Muitas reflexões vieram em minha mente nas muitas horas de profundo silencio, mas sem condições emocionais e por incrível que pareça, sem tempo, para sentar e escrever como eu gostaria.

Dentre as reflexões estava o MEDO humano, demasiadamente humano.

Medo esse, pela qual a humanidade foi e está sendo tomada e que tem alterado seu desenho, formato e intensidade, nesse momento triste e histórico dessa pandemia, onde o afetado pelo vírus será resposta para possível cura de outros.
 
Tracei então um paralelo ENTRE ESSE MEDO DO VIRÚS E AS PESSOAS, com o INÍCIO da vida ENQUANTO crianças, essa criança em pleno desenvolvimento e formação de aspectos importantíssimos para cada fase da vida humana.

Remeti-me a uma época quando uma didática com consequências nocivas era usada, atualmente bem menos, por Pais, que colocavam medo em seus filhos pequenos sobre lugares ou condição do espaço, como o escuro ou existência de bichos, para que a criança não se distanciasse deles, e ficando esses Pais com a “tranquilidade” de não precisar correr atrás delas, pois o medo às impediria de sair de perto deles.

Sem essa preocupação desses Pais, as crianças perdiam a oportunidade de enfrentar o desafio real do medo, esse que as preparam para os medos reais da vida em qualquer faixa etária, como também os nãos reais que são tão eficazes e dolorosos em seus efeitos que quando não tratados, tornam-se patológicos.

Com essa atitude de alguns/muitos Pais e com as crianças em pleno desenvolvimento, monstros INVISÍVEIS são construídos dentro delas, esses que nas próximas etapas de sua vida, terão como “opção” /consequência, formar crianças com perfis de seus pais, isto é, promotores da mentira branda, onde doçura e amor ao se misturarem com a mentira oferece-lhe oportunidade para formação de pessoa doce e manipuladora, como também uma pessoa vulnerável e a mercê dos oportunistas, e dentre muitas outras possibilidades, a melhor, é a de reconhecer a limitação de seus Pais e serem melhores do que eles puderam ser para elas.

Essa é uma forma de “educação”, de comunicação nociva, a mesma vivenciada por todos os Brasileiros nesse momento de pandemia, que ficamos como crianças na total confiança dos comandos de autoridades diversas.

Com o avanço da pandemia para o Brasil, UM MEDO QUE JÁ CHEGARIA sem necessitar de convite e com muita intensidade, ganhou força junto à credibilidade e vulnerabilidade das pessoas, e informações, foram sendo disseminadas sem critérios e confusas, minando a oportunidade para compreensão FOCADA na pandemia e melhores possibilidades de instruções mais claras e transparentes para o enfrentamento real do medo, pois o que precisava ser entendido não podia ser ouvido.

Os meios de comunicação com significativo percentual de ausência de critérios, ausência proposital, com informações vinda das fortes fontes institucionalizadas e também as não institucionalizadas, desviando o foco da informação sobre a pandemia, quando esses mesmos meios, com tanta competência/eficiência, poderiam ter sido usados para ORIENTAÇÃO SOBRE O ENFRENTAMENTO, que por si só é muito difícil para qualquer um e desafiador para muitos, e que NÃO FOI por ter sido pego de surpresa QUALQUER AUTORIDADE DAS DIVERSAS ÁREAS, porque a realidade dos fatos já estava armazenada em alguns arquivos, além da visível e já experiência de outros Países.

Mas O MEDO precisaria estar a serviço de algum ganho; ganho PARA QUEM o esparrama com uma medida de prazer que varia desde a necessidade e prazer pessoal como algumas pessoas de personalidade com alguma característica perversa, como foi visto em vários vídeos de “pessoas comum”, como também interesses corruptos sempre presente na Política.

 Não bastasse os que só precisam de um gatilho para acionar um medo potencializado, o que não faltou quem puxasse esse gatilho, totalmente despreocupados onde seriam atingidos. O que importa é o meu ganho, a minha conveniência, papai e mamãe folgados.

Mediante tantos interesses envolvidos nas informações repassadas, Como posso me situar e como ADMINISTRAR MELHOR O MEDO, esse que tem paralisado alguns e potencializado o oportunismo de outros?

1 - A realidade do vírus todos sabe que é REAL e GRAVE. Conhecer o comportamento e modo de agir do inimigo é uma oportunidade para se fortalecer, principalmente quando o mesmo é invisível, até que mostre suas garras, no caso do vírus os sintomas são suas garras, que ainda assim, milhares os tem vencido.

2 - Se existem OPINIÕES divergentes a respeito de uma mesma situação, ISSO JÁ é um bom motivo para você lidar melhor com seu medo paralisante, afinal quem está com a razão? Lembrei-me da PRECAUÇÃO dos construtores do muro de Jerusalém em Neemias 4:17, que tanto Os que edificavam o muro, tanto os que traziam as cargas e tanto os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas.
 A ARMA em relação a esse medo nesse momento será a SUA CAPACIDADE em manter o discernimento e foco, frente à diversidade de informações, que se torna inviável e leviano, serem tratadas como absoluta verdade ou não verdade, já que tudo é muito novo, principalmente para as ÚNICAS autoridades no assunto, OS MÉDICOS, esses que ainda não podemos deixar de considerar os ruídos já que já ocorreram e ainda ocorre na comunicação vinda de alguns poucos desses.

3 – AMPLIE sua visão no sentido de que TODOS estão fazendo parte desse difícil momento histórico.                             Efetivamente quem está sendo atingido de forma mais grave em seu metabolismo pelo vírus, tornam-se objeto de pesquisa dessa doença. Será a partir desses, infelizmente, que melhores prognósticos passarão a existir.

Agora vem a parte de UM SONHO MEU, que beira a delírio: Quiçá, SÓMENTE NESSE MOMENTO, todos os Brasileiros, principalmente os formadores de opiniões, e AUTORIDADES estivessem preocupados exclusivamente em combater o vírus, Isso NÃO significa manter os braços cruzados frente a qualquer conduta errada, vinda de quem for, com certeza Teríamos um pouco mais de paz em nosso isolamento, POIS, o único que é digno de receber glória, essa que é distribuída de forma “INOCENTE”, a quem tem obrigação de cumprir o que lhe foi confiado, chega até seu ouvido, quando você se sente nada, impotente e lhe cochicha:- Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.          Jeremias 29:11

Se Deus fizer ele é Deus, se não fizer ele continua sendo Deus, pois não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, POR ONDE QUER que andares. Josué 1:9.

Não deixemos de manter e CUMPRIR a nossa parte. Lave muito suas mãos. Não vá à casa de ninguém e nem permita que pessoas cheguem a sua casa; Teremos muito tempo para estarmos juntos se dermos nossa valiosa contribuição.

 Já providenciou sua máscara? Não saia sem ela, essa sim trará grandes benefícios.

Eleni Nalon – Psicóloga Clínica