sábado, 25 de fevereiro de 2012

DESATENTA NO TRÃNSITO

Vivi uma experiência interessante no trânsito de Recife hoje pela manhã.

Enquanto dirigia por Parnamirim, um bairro bem conhecido por mim e da qual estou sempre me movimentando por lá, entrei por uma rua, também muito conhecida e por aonde passo sempre, e numa certa altura, um carro vinha em minha direção, e no volante também uma Mulher.

Percebi que não dava para as duas passarem na mesma hora, então parei e dei caminho para ela, porém ela não se movimentava. Até então estávamos somente nós duas naquela rua, mas de repente começam a virem outros carros e as buzinadas.

Novamente encostei ainda mais meu carro, mas ela nada de avançar.

Nesse momento se aproxima um guardador de carro da rua, e pediu para que eu desse ré. Perguntei a ele se não era mais fácil a senhora do outro carro passar logo.

Daí ele me falou sem muita paciência:- minha Senhora vamos evitar problemas, a senhora já está na contramão, é melhor voltar!

Naquele momento levei um susto, reconheci meu erro, ainda que conhecendo tão bem aquele lugar, havia cometido um delito no trânsito, em uma rua consideravelmente movimentada. Esse mesmo rapaz me ajudou, fiz umas manobras ali mesmo, pedi até desculpas e retornei.

Enquanto manobrava, ouvi-o dizendo para outro rapaz:- entra na contramão e ainda quer ter razão.

Pensei com meus botões, nem abri a boca para falar nada, e nem estava irritada, apenas dava passagem.

Três grandes lições pude resgatar do dia a dia nessa experiência.

A primeira é que somos passivos de cometer erros nas áreas que consideramos mais conhecidas de nós mesmos.

Provérbios 3:5, é muito feliz quando nos alerta sobre isso, ”não te estribes no teu próprio entendimento”.

Muitas vezes nos colocamos numa posição de infalíveis e não somos capazes de perceber o quanto nossas atitudes pode nos trair. Falamos muito, pregamos muito, exigimos muito, acreditamos em tudo que falamos, como se fossemos infalíveis, mas quando menos esperamos, falhamos.

É mais sábio termos o mínimo de conhecimento quanto as nossas limitações, para sermos capazes de reconhecer quando e onde erramos.

A segunda, é que podemos sim, cometer erros, certos que estamos fazendo tudo correto.

Não existe sequer um ser humano, que vive dentro de certa normalidade, que possa afirmar não ter cometido algo, ou feito algum negócio, enfim, de que não tenha se arrependido.

A vantagem em sermos fiéis em nossa auto-analise e conhecermos nossos pontos fracos, é que seremos capazes de, mesmo diante de situações onde tínhamos certeza de que estávamos com a razão, somos capazes de em dado momento parar e poder voltar atrás em sinal de reconhecimento.

Augusto Cury, grande escritor, diz assim sobre isso “sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência”.

A terceira lição foi que, Mesmo você reconhecendo seu erro, ainda assim, existem pessoas que fará questão de repassar a diante suas falhas, suas fraquezas.

O rapaz guardador de carros, era uma pessoa simples em todos os sentidos e acredito-me, não tinha condições de fazer diferente, porém, o que vemos nos locais de trabalho, na igreja, em sala de aula, em nossos relacionamentos, etc. é exatamente essa atitude, um repassando para o outro o erro e as fraquezas do seu próximo. Quem sabe para aplacar os inúmeros erros, disfarçado de santidade, benevolência, inteligência, dedicação, espiritualidade e etc.

Uma coisa é certa. A vida tem me mostrado que “não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras” (Augusto Cury).

Daí que podemos ser pessoas diferentes a cada dia, se pudermos compreender aqui nessa terra, “que todos fecham seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

VIDA NO "ENQUANTO

Fazendo minhas leituras pelo facebook, deparei-me com minha Irmã Edilene se expressando assim:

“Procurei ser a melhor esposa, a melhor mãe, amiga, filha, cunhada, prima, neta, sobrinha, tia, nora.
Nossa que pena, fracassei. Perdão a quem não consegui fazer feliz.”

Procurei encontrar na Bíblia, que sentimento era esse o de minha irmã, fui parar em Eclesiastes 2:11 “Quando avaliei tudo o que minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol.”

Remeti-me então a deliciosa e dura reflexão profunda, que tenho encontrado na leitura do livro “O livro mais mal humorado da Bíblia” de Ed René Kivitz, onde esse autor nos leva a refletir sobre o viver, sobre a vida, bem de frente com a “sinceridade rude”, como ele fala através da ótica de Eclesiastes.

Continuei pensando que a vida nos trás muitos desalentos, muitas decepções, nos faz sentir pessoas pequenas, insignificantes, bobas, fracas, e em meio a essas fraquezas, levantamos prontamente um pedestal e lá colocamos as demais pessoas, onde nos passa a impressão que do lugar onde elas estão só se enxerga o paraíso.

É bem verdade que nem todo mundo enfrenta e nem vive os mesmos problemas, mas ninguém está isenta deles.

Esse autor, muito inspirado, nos faz pensar no “enquanto”.

Não podemos parar de viver “enquanto” coisas indesejáveis estão acontecendo conosco, ainda que não conseguisse aceita-las.

Como é tão bem colocado por ele, “o sentido da vida não está no depois e sim no “enquanto”.
Por isso “enquanto” temos oportunidade, isto é, enquanto temos vida, podemos fazer diferente.
Às vezes nos sentimos limitados, porque existem situações que não depende somente de nós e daí a importância de buscarmos vida no “enquanto não acontece”.

Não podemos permitir que as amarguras da vida sejam nossa companhia. Elas existem, estão sempre nos rondando, se mostrando presente em ocasiões como: falta de dinheiro, dificuldades no casamento às vezes até separação, quebra de confiança, injustiça de amigos, incompreensão no trabalho, relacionamento com filhos, doença,etc.

A nossa vida espiritual não vai mal, porque coisas ruins podem estar acontecendo conosco, porém, é exatamente “enquanto” está acontecendo que mais necessitamos de saber esperar, sem nos sentirmos imerecidos ou esquecidos, da Graça de Deus.

Existe um ditado, “que a melhor maneira de homenagear uma cachoeira é tomar um banho nela”.

Parafraseando esse ditado, eu digo que a melhor maneira de vivermos a nossa fé, é tentarmos ser felizes “enquanto” estamos passando algum deserto.

VIDA NO "ENQUANTO"


Fazendo minhas leituras pelo facebook, deparei-me com minha Irmã Edilene se expressando assim:
“Procurei ser a melhor esposa, a melhor mãe, amiga, filha, cunhada, prima, neta, sobrinha, tia, nora.

Nossa que pena, fracassei. Perdão a quem não consegui fazer feliz.”
Procurei encontrar na Bíblia, que sentimento era esse o de minha irmã, fui parar em Eclesiastes 2:11 “Quando avaliei tudo o que minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol.”

Remeti-me então a deliciosa e dura reflexão profunda, que tenho encontrado na leitura do livro “O livro mais mal humorado da Bíblia” de Ed René Kivitz, onde esse autor nos leva a refletir sobre o viver, sobre a vida, bem de frente com a “sinceridade rude”, como ele fala através da ótica de Eclesiastes.

Continuei pensando que a vida nos trás muitos desalentos, muitas decepções, nos faz sentir pessoas pequenas, insignificantes, bobas, fracas, e em meio a essas fraquezas, levantamos prontamente um pedestal e lá colocamos as demais pessoas, onde nos passa a impressão que do lugar onde elas estão só se enxerga o paraíso.

É bem verdade que nem todo mundo enfrenta e nem vive os mesmos problemas, mas ninguém está isenta deles.

Esse autor, muito inspirado, nos faz pensar no “enquanto”.

Não podemos parar de viver “enquanto” coisas indesejáveis estão acontecendo conosco, ainda que não conseguisse aceita-las.

Como é tão bem colocado por ele, “o sentido da vida não está no depois e sim no “enquanto”.
Por isso “enquanto” temos oportunidade, isto é, enquanto temos vida, podemos fazer diferente.
Às vezes nos sentimos limitados, porque existem situações que não depende somente de nós e daí a importância de buscarmos vida no “enquanto não acontece”.

Não podemos permitir que as amarguras da vida sejam nossa companhia. Elas existem, estão sempre nos rondando, se mostrando presente em ocasiões como: falta de dinheiro, dificuldades no casamento às vezes até separação, quebra de confiança, injustiça de amigos, incompreensão no trabalho, relacionamento com filhos, doença,etc.

A nossa vida espiritual não vai mal, porque coisas ruins podem estar acontecendo conosco, porém, é exatamente “enquanto” está acontecendo que mais necessitamos de saber esperar, sem nos sentirmos imerecidos ou esquecidos, da Graça de Deus.

Existe um ditado, “que a melhor maneira de homenagear uma cachoeira é tomar um banho nela”.

Parafraseando esse ditado, eu digo que a melhor maneira de vivermos a nossa fé, é tentarmos ser felizes “enquanto” estamos passando algum deserto.