"A culpa é um sentimento aflitivo que diz
respeito a nós próprios, isto é, ao nosso interior. A depender da personalidade, ela surge também, quando cometemos
alguma ação ou mesmo quando pensamos ou desejamos algo que é contrário às
normas da sociedade ou da comunidade em que vivemos ou causando mal a outros. Algumas pessoas culpam
outras pelo que acontece em suas vidas, geralmente acontecimentos negativos,
tirando de si a responsabilidade de suas próprias atitudes”.
Nessa longa caminhada de
pandemia, foi e está sendo possível perceber, que tanto próximo ao nosso convívio,
quanto a longas distâncias, as pessoas vem tratando seus medos em relação à doença de
forma diferente. ESSE MEDO foi se modificando, tomando formas mais conscientes
e crítica até, conforme o tempo foi passando, ainda que consciente de que a
doença continua perigosa e até matando.
O medo e a culpa, são armas nocivas para o ser humano, quando manifestado sem objetivo real ou
palpável. São elementos importantes na estruturação do ser humano a depender a que tipo de serviço ele está.
Ouvindo as diferentes pessoas nesse
período de pandemia, constatei que algumas se sentem culpadas por terem pegado a
doença, ou até quem perdeu um ente querido. Não falta pessoas para justificar o porque de alguns até morrerem, como se isso possível a nós, deixando o que já é vulnerável ainda mais desolado.
Em determinado momento,
ao receber uma mensagem de alguém que deu positivo para covid, ao tentar
acalmá-la, já que com o tempo passando, vamos vendo na prática, que muitas
pessoas que eram dadas como fatal, haviam sido curadas; mas nunca vou esquecer
as palavras que recebi como resposta “...o que existe é um monte de
irresponsável andando por aí, liderado por um palhaço, que acha que é médico...”.
A partir dessa resposta
dada por essa pessoa, fiquei pensando que nunca vi despejarmos no outro, tanta
culpa, mecanismo de defesa projeção, por se sentirem culpados em ter medo da doença. QUEM não tem?
É natural termos medo, o que precisamos
exercitar é a não paralisação e a atitude, ao responsabilizarmos a própria
pessoa e a outros, por estarem adoecendo por causa da doença, deixando-as ainda
mais vulneráveis frente algo tão ameaçador quanto a própria doença.
Esse medo, é um sentimento
de morte, associado ao medo da concretização da mesma.
Hoje está tão mais
difícil para nós seres humanos, como disse Nietzsche “humanos demasiadamente
humano”, (deixo claro que não sou defensora das ideias desse autor, mas trás
grandes verdades), adoecer ou até morrer, pois morre culpando-se de ter
contraído a doença.
É sabido que não se
espera algum tipo de comportamento de alguns perfis de pessoas, mas não podemos
perder nossa capacidade em alguns nem serem carinhosos, mas pelo menos TEREM atitudes
carinhosas, mesmo em tempos tão difíceis.
NUNCA vamos poder deixar
de batalhar pela constante injustiça que existe em nosso País e pelas tantas
crianças e adultos até mais esquecidos atualmente, que morrem pela má
alimentação e ausência de melhores saúde Pública.
O AMOR é tudo em nossa
vida! EU gosto disso, de poder amar você!