Pensando no
dia do Pastor, II Domingo de Junho, busquei em minha memória uma de minhas
vivencias de infância e acredito-me engraçada.
Em 1970, nos
meus nove anos de idade, cursava eu a terceira série que corresponde ao
terceiro ano do ensino fundamental hoje.
Naquela “época”
arbitrariamente, nas escolas Públicas e naquela onde eu estudava, aconteciam aulas
de religião e era somente Católicas, então semanalmente compareciam Padres em
sala de aula para a Catequese.
Assim como
todas as crianças, eu amava a relação de amizade que acontecia entre nós e os
Padres.
Recordo-me
que as crianças que não eram Católicas, saiam da sala e ficavam brincando no
parque. Porém em minha lembrança tenho guardado um episódio que me faz crer,
ter eu ficado em sala em uma dessas aulas.
Lembro-me
(sentimento daquela época com nove anos) bastante inconformada com um dos
ensinamentos repassados e que eu havia aprendido também na Bíblia, mas
diferente daquilo que eu estava ouvindo e tendo a Bíblia também como base. O
que eu queria era tirar a limpo para mim.
Daí então eu,
sem coragem de enfrentar o Padre, mas “muito ousada”, escrevi uma carta para
ele, colocando os meus sentimentos e nessa mesma carta, eu dizia que se ele
quisesse, eu tinha um Irmão mais velho, Edvar 13 anos, conhecido hoje como
Pastor Edvar Gimenes, que estaria indo conversar com ele sobre o assunto.
O Padre
aceitou!
Edvar quase
me matou!
E até hoje
ficou em aberto esse agendamento com o Padre da Paróquia de Garça- SP
Junto com o
carinho que eu tinha por aqueles Padres, pela admiração que fica evidenciada
até hoje que tenho pelo meu Irmão Edvar Gimenes, pela memória de meu amado Pai
Pastor Jovino de Oliveira, por Deus ter me dado como esposo Nalon, ao meu
cunhado Pastor Manoel Frota, ao Pastor Alberto meu Pastor atualmente e a todos
os Pastores parentes e amigos que fizeram e fazem parte de minha história,
aproveito o evento acima narrado e vivenciado por mim, para deixar como
reflexão a vocês, nesse dia e todos os dias de ministério, nenhuma novidade,
mas coisas simples que não podem ser esquecidas nunca.
A história
acima me inspirou, pelo fato de que, não me passava pela cabeça na época como
criança e pré adolescente, que Edvar se tornaria essa liderança abençoada que
representa hoje, que Deus daria a mim a oportunidade de atuar em vidas tão
desconhecidas de minhas origens, abençoando e sendo abençoado, momento esse que
teve inicio quando trouxe a mim e meu esposo para o Seminário do Norte do
Brasil em 1984.
Com certeza
tens inúmeros relatos de sua infância também!
Daí então valorize e respeite sempre as
crianças de sua igreja e dentro de sua própria casa, pois elas têm atitude; não
se pode esquecer-se disso porque nos tornamos adultos.
O QUE tem
sido ensinado a elas nas igrejas em termos práticos, pois é assim que elas
funcionam.
COMO elas têm aprendido? Com espaço e direito
para serem elas mesmas e daí serem compreendida a luz da palavra de Deus?
QUEM são as
pessoas que serão lembradas como mestras para elas? Recebem elas da parte da
igreja, “conhecimento e bom siso” (Provérbios 1-4) de seus Professores?
Para que isso
seja possível e presente sempre no ministério Pastoral, se faz necessária uma
visão de si mesmo como líder, exatamente como fica tão bem alertado no sábio
livro de Provérbios:
“Não sejas sábio aos teus próprios olhos” (Provérbios
3-7), ”não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3-5) somente assim
Pastores saberão e poderão reconhecer suas limitações como ser humano, podendo encontrar
“graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens” (Provérbios).
Sejam
ouvintes para com as crianças antes de serem falantes!
Parabéns
Pastores pelo seu dia, que são todos os dias!