Então me acordei no domingo pela manhã, e enquanto me
arrumava para as ultimas programações da viagem Missionária, meus pensamentos
divagavam em Missões e Missionários.
Pensava o quanto acrescentei, modifiquei minha
compreensão, a respeito do que é ser Missionário, nesses anos de vida que Deus
me tem dado.
Continuava me preparando, lembrando do Cântico que
aprendi ainda aluna da Classe Joias de Cristo na EBD, onde minha Mãe era Professora
e cantávamos;
“um Missionariozinho desde
agora quero ser, servirei ao meu Jesus,
sempre até morrer”.
E a cada etapa de minha vida, caminhei ampliando o meu
conceito de ser Missionário.
Ainda criança, me recordo dos Missionários que chegavam
até nossa igreja em Garça-SP eram sempre bem recebidos e a maioria deles
ficavam hospedados em nossa casa, já que meu Pai era o Pastor da Igreja e mesmo
antes de assumi-lo. Eu achava isso divino, era como se eu estivesse mais perto
de Deus.
Foi importante toda essa experiência que marcou uma
época, para minha vida.
Voltando ao presente, Continuei então pensando nos
Missionários, e segui meu raciocínio de que todas as pessoas, que creem que
Jesus Cristo é o único caminho, única verdade e a vida, não somente seriam missionárias,
mas precisavam ser.
Arrumando minhas
ideias a respeito, falava comigo mesma, que o que diferencia uma das outras
seria o tipo de atuação que as mesmas tem nessa missão, pois em muitas
situações se faz necessário um preparo específico e até de estruturas para que
levem a mensagem salvadora e transformadora, a determinados lugares, às vezes
nem tão longe de nós, mas alguns, muito longe e desafiadores.
E nesse raciocínio cheguei para o culto da manhã onde
Deus havia separado o Pastor Jefferson Dalamura para compartilhar com a igreja
que ali se reunia aquilo que Deus havia colocado em seu coração.
E para minha emocionante surpresa, ele trás uma mensagem
que trouxe a reafirmação daquilo que vinha refletindo sobre Missões em nossas
vidas como Cristão, desde a hora que me acordei.
Que delicia poder ouvir Deus de forma tão clara e
diretiva. Eu não posso saber quantos corações dos que estavam ali presentes,
abriu ao toc de Jesus para aquela mensagem, tão contextualizada, tão gente, tão
real. Só tenho que agradecer a Deus por ter compartilhado o Pastor Jefferson
Dalamura conosco.
No sábado ainda antes de iniciarmos os trabalhos
proposto, Nilza e eu tivemos a oportunidade de ouvirmos duas pessoas que elas
perguntavam a respeito da igreja. Elas demonstravam sede de algo, que nós
Cristãos às vezes nem percebemos que é sede de Deus.
A questão foi tão bem esplanada pelo Pastor Jefferson, de
que a sociedade atual, está cheia de puxadinhos a respeito do que Deus pode
fazer na vida delas, que a essência do evangelho que é a Graça que resgata e
transforma, tem passado despercebido até mesmo por aqueles já a compreenderam e
receberam em suas vidas.
NÃO é necessário ler a Bíblia para receber Jesus de forma
transformadora em nossas vidas, mas ler a Bíblia e compreende-la, com certeza
pode mudar muita gente do lugar de onde pensa estar usufruindo da Graça de
Deus.
Ter a vida transformada pelo sangue de Jesus Cristo é
poder passar pelo deserto, olhar para o futuro e confiar que, COM ou SEM aquilo
que desejo como pessoa, Deus estará lá cuidando de mim, ainda que eu esteja me
sentindo só.
Ser um Missionário é poder deixar essa marca por onde passamos,
a exemplo do próprio Jesus Cristo que “todos lhe davam testemunho, e se
maravilhavam das palavras de graça que lhe saiam dos lábios e perguntavam: Não
é este o filho de José?” (Lucas 4-22),
É necessário que nessa nossa atualidade onde o marketing
das igrejas e religiões, se considera mais importantes do que o próprio Deus
sejamos capazes de pararmos e ouvirmos o toc de Jesus batendo em nossa porta e
sem nenhum estardalhaço, pois ai está à essência do evangelho, sem ter que
convencer ninguém de nada ou a estar nessa ou naquela Igreja por considera-las
mais perto da Graça redentora.
Pude participar de um culto nesses dias que estive em
Garça-SP numa segunda-feira à noite, onde haviam, acredito eu umas quinze
pessoas apenas e nesse culto vi Deus falando ao coração de uma jovem muito
querida por mim. Ela chorava emocionada. Percebi que eu estava surpresa com o
que estava vendo, naquele culto, só então me lembrei da minha limitação humana,
sem me atentar que quando estamos abertos para ouvirmos Deus falar, não existe
lugar determinado por nós e nem nossas exigências carnais, e existe sim um
coração contrito. Deus deixou uma mensagem em meu coração, de que preciso estar
atenta as pessoas necessitadas de Cristo que estão ao meu redor.
Não importa o quanto somos deficientes em nossas vidas, e
sim lembrarmos todos os dias que esse Jesus que, muitos acreditam que somos nós
quem determinamos o que ele pode fazer em nossas vidas, querendo e até mostrando
a ele a pessoa que pode resolver nossos problemas e até a data se possível,
esquecendo que na nossa condição “não somos dignos de desatar-lhe as correias
das suas sandálias” (João 1-27), mas se semearmos para o espírito Santo,
colheremos vida eterna (Efésios 6-8).
E nessa compreensão, como Missionários, seremos luz num
mundo tão cego da verdade pura e simples do poder transformador de Jesus em
nossas vidas.
Abraços
Eleni Nalon
Psicóloga Clínica