segunda-feira, 28 de abril de 2014

VIAGEM MISSIONÁRIA A PORTO DE GALINHAS



Então me acordei no domingo pela manhã, e enquanto me arrumava para as ultimas programações da viagem Missionária, meus pensamentos divagavam em Missões e Missionários.

Pensava o quanto acrescentei, modifiquei minha compreensão, a respeito do que é ser Missionário, nesses anos de vida que Deus me tem dado.

Continuava me preparando, lembrando do Cântico que aprendi ainda aluna da Classe Joias de Cristo na EBD, onde minha Mãe era Professora e cantávamos;

         “um Missionariozinho desde agora quero ser, servirei ao meu     Jesus, sempre até morrer”.


E a cada etapa de minha vida, caminhei ampliando o meu conceito de ser Missionário.

Ainda criança, me recordo dos Missionários que chegavam até nossa igreja em Garça-SP eram sempre bem recebidos e a maioria deles ficavam hospedados em nossa casa, já que meu Pai era o Pastor da Igreja e mesmo antes de assumi-lo. Eu achava isso divino, era como se eu estivesse mais perto de Deus.

Foi importante toda essa experiência que marcou uma época, para minha vida.

Voltando ao presente, Continuei então pensando nos Missionários, e segui meu raciocínio de que todas as pessoas, que creem que Jesus Cristo é o único caminho, única verdade e a vida, não somente seriam missionárias, mas precisavam ser.

Arrumando minhas ideias a respeito, falava comigo mesma, que o que diferencia uma das outras seria o tipo de atuação que as mesmas tem nessa missão, pois em muitas situações se faz necessário um preparo específico e até de estruturas para que levem a mensagem salvadora e transformadora, a determinados lugares, às vezes nem tão longe de nós, mas alguns, muito longe e desafiadores.

E nesse raciocínio cheguei para o culto da manhã onde Deus havia separado o Pastor Jefferson Dalamura para compartilhar com a igreja que ali se reunia aquilo que Deus havia colocado em seu coração.

E para minha emocionante surpresa, ele trás uma mensagem que trouxe a reafirmação daquilo que vinha refletindo sobre Missões em nossas vidas como Cristão, desde a hora que me acordei.

Que delicia poder ouvir Deus de forma tão clara e diretiva. Eu não posso saber quantos corações dos que estavam ali presentes, abriu ao toc de Jesus para aquela mensagem, tão contextualizada, tão gente, tão real. Só tenho que agradecer a Deus por ter compartilhado o Pastor Jefferson Dalamura conosco.

No sábado ainda antes de iniciarmos os trabalhos proposto, Nilza e eu tivemos a oportunidade de ouvirmos duas pessoas que elas perguntavam a respeito da igreja. Elas demonstravam sede de algo, que nós Cristãos às vezes nem percebemos que é sede de Deus.

A questão foi tão bem esplanada pelo Pastor Jefferson, de que a sociedade atual, está cheia de puxadinhos a respeito do que Deus pode fazer na vida delas, que a essência do evangelho que é a Graça que resgata e transforma, tem passado despercebido até mesmo por aqueles já a compreenderam e receberam em suas vidas.

NÃO é necessário ler a Bíblia para receber Jesus de forma transformadora em nossas vidas, mas ler a Bíblia e compreende-la, com certeza pode mudar muita gente do lugar de onde pensa estar usufruindo da Graça de Deus.

Ter a vida transformada pelo sangue de Jesus Cristo é poder passar pelo deserto, olhar para o futuro e confiar que, COM ou SEM aquilo que desejo como pessoa, Deus estará lá cuidando de mim, ainda que eu esteja me sentindo só.

Ser um Missionário é poder deixar essa marca por onde passamos, a exemplo do próprio Jesus Cristo que “todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saiam dos lábios e perguntavam: Não é este o filho de José?” (Lucas 4-22),

É necessário que nessa nossa atualidade onde o marketing das igrejas e religiões, se considera mais importantes do que o próprio Deus sejamos capazes de pararmos e ouvirmos o toc de Jesus batendo em nossa porta e sem nenhum estardalhaço, pois ai está à essência do evangelho, sem ter que convencer ninguém de nada ou a estar nessa ou naquela Igreja por considera-las mais perto da Graça redentora.

Pude participar de um culto nesses dias que estive em Garça-SP numa segunda-feira à noite, onde haviam, acredito eu umas quinze pessoas apenas e nesse culto vi Deus falando ao coração de uma jovem muito querida por mim. Ela chorava emocionada. Percebi que eu estava surpresa com o que estava vendo, naquele culto, só então me lembrei da minha limitação humana, sem me atentar que quando estamos abertos para ouvirmos Deus falar, não existe lugar determinado por nós e nem nossas exigências carnais, e existe sim um coração contrito. Deus deixou uma mensagem em meu coração, de que preciso estar atenta as pessoas necessitadas de Cristo que estão ao meu redor.

Não importa o quanto somos deficientes em nossas vidas, e sim lembrarmos todos os dias que esse Jesus que, muitos acreditam que somos nós quem determinamos o que ele pode fazer em nossas vidas, querendo e até mostrando a ele a pessoa que pode resolver nossos problemas e até a data se possível, esquecendo que na nossa condição “não somos dignos de desatar-lhe as correias das suas sandálias” (João 1-27), mas se semearmos para o espírito Santo, colheremos vida eterna (Efésios 6-8).

E nessa compreensão, como Missionários, seremos luz num mundo tão cego da verdade pura e simples do poder transformador de Jesus em nossas vidas.

Abraços
Eleni Nalon

Psicóloga Clínica