sábado, 13 de novembro de 2010

SERÁ QUE FOI ISSO MESMO?

SERÁ QUE FOI ISSO MESMO?

Dia desses, ouvindo um desses programas besteirol, enquanto dirigia pelas sufocantes ruas de Recife, ouvi a seguinte pergunta:- Se um pato perder uma pata, ele fica viúvo ou manco?

Ri sozinha dirigindo, e com a moçada que apresentava o programa

Mesmo sabendo que pato tem pernas e não patas, por alguns segundos caí literalmente na pergunta.

Assim ocorre nas relações e comunicações em nossa vida. A linha que separa aquilo que falo, com aquilo que gostaria de dizer e aquilo que o outro entende, às vezes é muito tênue, levando a resultados muitas vezes tristes, rompimento, mágoas e etc.

Para um grande número de pessoas é difícil entender:

QUE aquilo que magoa a você não magoa a outro

QUE muitas vezes sou eu mesmo quem aponto o dedo em minha direção, quando a questão nem é direcionada para mim.

QUE aquele dia que bate o sentimento de solidão, a terra continua cheia de pessoas; sou eu quem está me sentindo só.

QUE as pessoas podem não olhar para determinada coisa ou situação como você olha ou sente
.
QUE existem sentimentos na vida, que são de exclusividade de quem sente naquele momento da vida, independente da idade.

QUE o mundo imaginário é tão poderoso na idade adulta, levando a dor e a doença, assim como é tão saudável e necessário na vida de uma criança.

QUE pessoas fazem coisas iguais com motivos diferentes.

Na realidade, pouco me importou se o pato ficou viúvo ou manco, se tem pata ou pernas, mas eu pude rir muito e lembrar uma frase de Norman Brown, ”a magia e a loucura estão em todo lugar, e que os sonhos são aquilo de que somos feitos”.

Abraços
Eleni Nalon
Psicóloga Clínica

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