quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

VIDA NO "ENQUANTO

Fazendo minhas leituras pelo facebook, deparei-me com minha Irmã Edilene se expressando assim:

“Procurei ser a melhor esposa, a melhor mãe, amiga, filha, cunhada, prima, neta, sobrinha, tia, nora.
Nossa que pena, fracassei. Perdão a quem não consegui fazer feliz.”

Procurei encontrar na Bíblia, que sentimento era esse o de minha irmã, fui parar em Eclesiastes 2:11 “Quando avaliei tudo o que minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol.”

Remeti-me então a deliciosa e dura reflexão profunda, que tenho encontrado na leitura do livro “O livro mais mal humorado da Bíblia” de Ed René Kivitz, onde esse autor nos leva a refletir sobre o viver, sobre a vida, bem de frente com a “sinceridade rude”, como ele fala através da ótica de Eclesiastes.

Continuei pensando que a vida nos trás muitos desalentos, muitas decepções, nos faz sentir pessoas pequenas, insignificantes, bobas, fracas, e em meio a essas fraquezas, levantamos prontamente um pedestal e lá colocamos as demais pessoas, onde nos passa a impressão que do lugar onde elas estão só se enxerga o paraíso.

É bem verdade que nem todo mundo enfrenta e nem vive os mesmos problemas, mas ninguém está isenta deles.

Esse autor, muito inspirado, nos faz pensar no “enquanto”.

Não podemos parar de viver “enquanto” coisas indesejáveis estão acontecendo conosco, ainda que não conseguisse aceita-las.

Como é tão bem colocado por ele, “o sentido da vida não está no depois e sim no “enquanto”.
Por isso “enquanto” temos oportunidade, isto é, enquanto temos vida, podemos fazer diferente.
Às vezes nos sentimos limitados, porque existem situações que não depende somente de nós e daí a importância de buscarmos vida no “enquanto não acontece”.

Não podemos permitir que as amarguras da vida sejam nossa companhia. Elas existem, estão sempre nos rondando, se mostrando presente em ocasiões como: falta de dinheiro, dificuldades no casamento às vezes até separação, quebra de confiança, injustiça de amigos, incompreensão no trabalho, relacionamento com filhos, doença,etc.

A nossa vida espiritual não vai mal, porque coisas ruins podem estar acontecendo conosco, porém, é exatamente “enquanto” está acontecendo que mais necessitamos de saber esperar, sem nos sentirmos imerecidos ou esquecidos, da Graça de Deus.

Existe um ditado, “que a melhor maneira de homenagear uma cachoeira é tomar um banho nela”.

Parafraseando esse ditado, eu digo que a melhor maneira de vivermos a nossa fé, é tentarmos ser felizes “enquanto” estamos passando algum deserto.

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